Pense Nisso..

Essa história de hipervalorizar migalhinhas na relação é uma tentativa desesperada de tornar viável o que não é e de não querer enxergar a mediocridade da dinâmica relacional.
O que mais me preocupa não é o pouco que a outra parte dá, sua economia nas demonstrações de afeto, na presença, correspondência, etc… Mas o quanto você aceita, insiste, se desdobra em um milhão, facilita, move mundos e fundos, enquanto o outro faz tão pouco e do pouquinho que faz, você faz uma festa! Hiperdimensiona, justifica, enfim! Qualquer movimento por mais discreto ou insignificante que seja, já é suficiente para alimentar um universo de expectativas e fazê-la(o) acreditar que vale a pena permanecer, continuar e investir.
Ao passo que nos dedicamos demais a um relacionamento com pouca reciprocidade, deflagrando um desequilíbrio óbvio, que insistimos em fazer vista grossa, passar por cima, enfatizando nosso desejo primordial de dar certo. Ignoramos os indícios de desproporcionalidade nos investimentos afetivos, nos sobrecarregamos, condicionando nosso par a uma condição passiva e acomodada. Afinal, enquanto não mudarmos nossa conduta e continuarmos amando por dois, ficará praticamente impossível que a outra parte saia da zona de conforto e se reposicione.
A verdade é que a gente se dá, aquilo que julga merecer e aceitamos o que acreditamos ser proporcional aos nossos recursos. As migalhas permanecerão na sua vida enquanto seu estômago emocional sobreviver com isso. Conforme ele se convencer de que precisa e suporta muito mais, naturalmente migalhas não bastarão, apenas servirão de alimento às formigas e pombas… Para você, mesa posta, farta e nada de miséria.
Fonte:Pamela Magalhães Psicóloga

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