Para refletir…

Quando crianças todos passamos pela fase dos porquês. “Mãe! Por que isso?” “Paaai! Por que aquilo?”, “Vó! Por que eles dizem essas coisas?”, “Vô! Por que aconteceu desse jeito?”, “Tia! Por que isso é assim?”. Enfim… Perguntamos tanto, sobre tanta coisa, pois estamos conhecendo e reconhecendo o mundo, buscando compreender tudo que está ao nosso redor, para termos mais segurança ao habitá-lo. Conforme entendemos o funcionamento do que nos cerca, temos a “ilusão” do controle, nos sentimos mais confortáveis e mais seguros.
O fato é que crescemos e perguntamos tanto sobre o que é o quê, quando pequenos, que sobre um apanhado de coisas temos lá algum conhecimento, junto à crítica de que perguntar demais enche o saco de muita gente, passamos a perguntar menos. Somado a coragem que adquirimos com a consequente maturidade do crescimento, nos arriscamos mais. Uns nem tanto, outros muito e alguns um pouco mais ainda.
Por outro lado, tudo parece ficar mais complexo e diante da angústia do desconhecido e da dúvida, o que antes era sanado com uma resposta simples e objetiva, hoje dá espaço a silêncios ensurdecedores, profundos vazios e insaciáveis interrogações… A gente cresce, as experiências também, o universo ao redor amplia, diversifica e são tantas as situações que acontecem, são tantos seus subterfúgios, que por mais que tentemos entender, questionar, buscar explicações plausíveis, explorar as razões óbvias, apelar para a justiça, a existência de qualquer sentido naquilo, não adianta! Sim!!! É exatamente isso que quero dizer: Algumas tantas coisas nesse mundo NÃO terão resposta. Você vai quebrar a cabeça para entender e ainda assim não vai entender NADA. O segredo é aprender a viver com a falta de lógica de muita coisa e ainda que isso nos cause sensações de vulnerabilidade e alguma insegurança, sobreviveremos com isso. Até porque, vamos descobrindo que não conseguiremos e não precisamos ter todas as respostas e nem tão pouco o controle de tudo. Dá para ter dúvidas, eternos questionamentos, conviver com os mistérios dessa vida e ainda assim ser feliz.
POR: Pamela Magalhães

FOTO:REPRODUÇÃO/FACEBOOK

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