ATO PÚBLICO – Servidores do Hospital João XXIII paralisam atividades nesta terça

Os trabalhadores do Hospital Infantil João Paulo II também participarão da paralisação, que cobra inúmeras melhorias do governo de Minas

CIDADES: ESGOTO EM FRENTE AO HOSPITAL JOAO XXIII FOTOS: PAULA HUVEN / O TEMPO / 02.09.2013

Um ato público acontecerá às 10h em frente ao João XXIII

Os servidores do Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII e do Hospital Infantil João Paulo II farão, na manhã desta terça-feira (12), uma paralisação contra o que o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed) chamou de “descaso do governo Pimentel com os servidores”. O motivo seria o atraso no pagamento de algumas parcelas de salários, a falta de perspectiva para o pagamento do 13º e as péssimas condições de trabalho nos hospitais.

A paralisação de atendimentos está prevista para ter início às 10h, sendo que os trabalhadores farão um ato público no mesmo horário em frente ao HPS. “A situação nesses hospitais retrata a realidade cruel da rede de saúde do estado, caracterizada pelo descaso com os servidores e as péssimas condições de infraestrutura, falta de medicamentos e materiais, dentre outros”, afirma o sindicato em nota divulgada nesta manhã.

O texto denuncia ainda que o João XXII, que é considerado a maior referência do Estado no atendimento de politraumatizados, intoxicação e queimados, estaria sucateado, com péssimas instalações em algumas dependências, como a sala de emergência, quartos de descanso e banheiros destinados aos médicos.

“Chama a atenção a precariedade da manutenção do hospital, com goteiras em várias salas, pias e vasos sanitários quebrados, vazamentos, falta de material de higiene, sujeira, mobiliário em condições impróprias para uso, entre outros”, continua o anúncio da paralisação.

Ainda de acordo com o Sinmed, foram constatados vários outros problemas em uma visita realizada na unidade e de relatos dos médicos: “…hoje não temos um banheiro para usar, a porta quebrada, em volta do vaso sanitário tem um cobertor para segurar alguma coisa que escorra por ali, o cheiro é insuportável, não tem chuveiro, não tem água, não tem copo, não tem cama para deitar, travesseiro, uma toalha”.

Outros problemas apontados pelos trabalhadores são o sucateamento de equipamentos básicos, como tomografia, elevadores e ar condicionado (todos sem funcionar há 2 anos); a ausência na progressão do plano de cargos e salários; equipes totalmente desfalcadas, sem o mínimo de profissionais de necessários para o trabalho.

 

HOSPITAL INFANTIL

Já no João Paulo II, que também faz parte da rede da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), é voltado para o atendimento médico em urgências pediátricas, atendimento a crianças com doenças neuromusculares e doenças infectocontagiosas infanto-juvenis, entre outras.

A unidade é referência para a assistência de pacientes de todo o Estado e região metropolitana de Belo Horizonte. Os servidores do hospital reivindicam a chamada imediata dos candidatos aprovados em concurso para completar as escalas de todos os setores do hospital; a conclusão da obra do prédio novo, que deveria ter ficado pronta em 2012; adequação do espaço de atendimento de urgência, que vem sendo feito em um prédio condenado e proporcionando dificuldades na solicitação de exames.

O TEMPO procurou a assessoria da Fhemig, que ainda não se posicionou sobre as reivindicações do sindicato.

Fonte:www.otempo.com.br

 

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