ATO PÚBLICO – Servidores do Hospital João XXIII paralisam atividades nesta terça
Os trabalhadores do Hospital Infantil João Paulo II também participarão da paralisação, que cobra inúmeras melhorias do governo de Minas
Os servidores do Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII e do Hospital Infantil João Paulo II farão, na manhã desta terça-feira (12), uma paralisação contra o que o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed) chamou de “descaso do governo Pimentel com os servidores”. O motivo seria o atraso no pagamento de algumas parcelas de salários, a falta de perspectiva para o pagamento do 13º e as péssimas condições de trabalho nos hospitais.
A paralisação de atendimentos está prevista para ter início às 10h, sendo que os trabalhadores farão um ato público no mesmo horário em frente ao HPS. “A situação nesses hospitais retrata a realidade cruel da rede de saúde do estado, caracterizada pelo descaso com os servidores e as péssimas condições de infraestrutura, falta de medicamentos e materiais, dentre outros”, afirma o sindicato em nota divulgada nesta manhã.
O texto denuncia ainda que o João XXII, que é considerado a maior referência do Estado no atendimento de politraumatizados, intoxicação e queimados, estaria sucateado, com péssimas instalações em algumas dependências, como a sala de emergência, quartos de descanso e banheiros destinados aos médicos.
“Chama a atenção a precariedade da manutenção do hospital, com goteiras em várias salas, pias e vasos sanitários quebrados, vazamentos, falta de material de higiene, sujeira, mobiliário em condições impróprias para uso, entre outros”, continua o anúncio da paralisação.
Ainda de acordo com o Sinmed, foram constatados vários outros problemas em uma visita realizada na unidade e de relatos dos médicos: “…hoje não temos um banheiro para usar, a porta quebrada, em volta do vaso sanitário tem um cobertor para segurar alguma coisa que escorra por ali, o cheiro é insuportável, não tem chuveiro, não tem água, não tem copo, não tem cama para deitar, travesseiro, uma toalha”.
Outros problemas apontados pelos trabalhadores são o sucateamento de equipamentos básicos, como tomografia, elevadores e ar condicionado (todos sem funcionar há 2 anos); a ausência na progressão do plano de cargos e salários; equipes totalmente desfalcadas, sem o mínimo de profissionais de necessários para o trabalho.
HOSPITAL INFANTIL
Já no João Paulo II, que também faz parte da rede da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), é voltado para o atendimento médico em urgências pediátricas, atendimento a crianças com doenças neuromusculares e doenças infectocontagiosas infanto-juvenis, entre outras.
A unidade é referência para a assistência de pacientes de todo o Estado e região metropolitana de Belo Horizonte. Os servidores do hospital reivindicam a chamada imediata dos candidatos aprovados em concurso para completar as escalas de todos os setores do hospital; a conclusão da obra do prédio novo, que deveria ter ficado pronta em 2012; adequação do espaço de atendimento de urgência, que vem sendo feito em um prédio condenado e proporcionando dificuldades na solicitação de exames.
O TEMPO procurou a assessoria da Fhemig, que ainda não se posicionou sobre as reivindicações do sindicato.
Fonte:www.otempo.com.br